sexta-feira, 28 de maio de 2010

Se uma floresta surge de uma semente, por que um movimento não pode começar por um blog?!


“Toda matéria presente na Terra e da qual somos feitos representa somente um sexto das outras formas de matéria existentes no Universo, ou seja, somos apenas uma pequena parte do que conhecemos sobre o Cosmo”

“As condições para emergência da vida dependem das vizinhanças astronômicas da Terra, da situação do Sol dentro da Galáxia e da própria natureza do Universo”

“A água é essencial para a vida que conhecemos”


Afirmações como essas podem parecer não ter muito a ver quando separadas. Mas se juntarmos todas elas em um contexto veremos o quanto uma depende da outra para gerar um sentido.
Dúvidas para muitos, encantamento para outros, o Universo nos traz idéias de como nascemos, de onde viemos e muitas outras coisas... Sempre muito questionado, pouco se sabe sobre esse grande mistério. Estudos mais específicos provam que todos esses corpos Universais, que antes pareciam terem sido “explodidos” aleatoriamente, formam hoje o grande equilíbrio do Universo.
Cada cosmo, cada poeira, cada planeta está exatamente onde deve estar para que ocorra esse equilíbrio. Sabemos que existe uma força gravitacional influenciando cada corpo vagando no espaço, e é claro confirmarmos isso... Basta olhar para Lua, basta olhar para o Sol. Somos todos atraídos por corpos maiores, e assim, são os planetas, luas, estrelas e até mesmo galáxias, que possuem todas, um buraco negro em seu centro. O que antigamente achávamos a pior coisa do Universo, sabemos hoje, é o que nos deixa vivos! E o que isso implica para nós? Fácil: Assim como em grande escala, o Universo depende de cada elemento dele pra continuar sua estabilidade. Nosso planeta também depende de cada ser vivo para se manter vivo e forte.
O Planeta Terra abriga cerca de 6,4 bilhões de pessoas. Esse número é seis vezes maior do que em 1830, época da Revolução Industrial e início do processo de crescimento acentuado da população nas cidades e áreas urbanas. Estima-se que nos próximos 50 anos, esse número aumente para 8,5 e 9 bilhões de habitantes. Se hoje em dia, 800 milhões de pessoas passam fome e 24 mil a cada dia morrem por esse motivo, como será daqui a alguns anos? Sabe-se que o uso de recursos do Planeta já ultrapassou em 20% a capacidade de reposição da biosfera e esse déficit aumenta cerca de 2,5% ao ano. Ou seja, a fonte de todos nossos recursos está desaparecendo e pode-se dizer que até 2030, 70% da biodiversidade poderá ter desaparecido.
O problema é tão grande, que os cenários de escasseamento dos recursos naturais têm gerado discussões sobre o possível surgimento de conflitos e disputas entre países. Será que estamos regredindo? Será que estamos voltando no tempo, onde o homem brigava por cada grão, por cada tempero? Se pararmos pra pensar, isso nunca mudou! Temos o exemplo claro da extração de petróleo, que gera direta e indiretamente muitos conflitos. Está na hora de mudar isso! Está na hora de pensarmos melhor!
A urbanização do Planeta também tem gerado debates e preocupações. É notável que a cada ano que passa, esse problema aumenta cada vez mais. A previsão é de que o número de pessoas em regiões urbanas subirá de 3 bilhões em 2003, para 5 bilhões em 2030. A rapidez do crescimento dessas áreas nas últimas décadas gerou problemas como falta de saneamento apropriado e a ocupação urbana irregular, muitas vezes em locais que deveriam ser preservados, como as zonas costeiras e de mananciais.
Além dos problemas como saneamento e a ocupação irregular, o crescimento populacional em excesso gera um outro agravante muito importante: o consumo exagerado. O Planeta possui em torno de 11,4 bilhões de hectares de terra e mar produtivos, capazes de fornecer sustento para a população mundial. Se divididos pelos 6,5 bilhões de habitantes, deixam uma média de 1,8 hectares por pessoa. Mas a média nos EUA, por exemplo, chega a 9,6 hectares. Se a média de consumo dos países industrializados fosse estendida a todos os habitantes da Terra, seriam necessários mais dois planetas para sustentar todo mundo.
Para reverter o acelerado processo de degradação socioambiental, governos, empresas e cidadãos podem e devem atuar em conjunto. A doação de uma política de consumo responsável pelo poder público, através de compras verdes e racionalização, é um dos maiores propulsores do desenvolvimento de produtos e serviços ambientalmente sustentáveis, graças ao volume de recursos que movimenta. E esse, com certeza, será o futuro para melhorarmos nossa planeta!
Esses são somente alguns problemas que enfrentamos. Infelizmente, a lista não se limita a poucos, e tentaremos falar o máximo possível de todos nesse blog.

Como foi dito no início, todos dependem de um. Um depende de todos!


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Almanaque Brasil Socioambiental – 2008 – Editora ISA. Capítulo II Ambientes


Eduardo Teixeira