sexta-feira, 25 de junho de 2010

Faz Toda a Diferença.


Segunda-feira de manhã, acordo para trabalhar e em frente a todas as casas vejo um latão de lixo marrom e ao lado uma caixa verde pequena com o símbolo de reciclagem (foto). Nada de sacos pretos gigantes, ruas sujas e fedidas, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, como acontece no Brasil.

Toda lata de Coca-Cola que bebo, toda garrafa de Gatorade que as meninas bebem, a embalagem de iogurte, a caixa de papelão... Enfim, toda embalagem tem seu próprio destino. E não é o lixo comum. A coleta de lixo é feita todas as segundas-feiras e essas latas e embalagens são postas na caixa pequena, onde todo o material é separado para reciclagem.Os restos de comida, que normalmente se misturariam com o lixo comum, vão para pia, onde, ao levantar um botão, liga-se o triturador que faz com que os restos se desfaçam, como num passe de mágica, seguindo outro caminho.

Ao ir ao mercado, eu e tantas outras pessoas temos que levar nossas bolsas ecológicas reutilizáveis. Há a opção de sacolas plásticas também, mas quase não se usa, quase não se vê. Algumas pessoas acabam levando muitas de suas compras nas mãos ou levam em suas bolsas "verdes". Caso não possuam, compram-as na hora de passar no caixa, as quais custam poucos centavos de dólar.

No banheiro, tenho duas opções: se jogo o papel no lixo, tenho um recipiente razoavelmente grande e, em sua maioria, sem saco plástico dentro, que é limpo uma vez por semana. Ou posso também jogar o papel no vaso sanitário, o que é mais comum aqui, já que ao dar descarga, sei que esse papel não vai parar nos mares ou na própria Baia de Guanabara.

Se resolvo ligar a TV, vejo duas realidades. Coloco no canal a cabo, 1625 e lá encontro um canal único e exclusivo chamado PLANET GREEN. Dicas, problemas mundiais, soluções... Tudo explicado e acessível a quem tem interesse e pode pagar. Mas por cuidar de duas meninas, Disney Channel é o que mais lhes interessa. Surpreendentemente, ao esperar começar o programa que elas mais gostam, me deparo com uma propaganda dos seus artistas preferidos explicando e mostrando o que as crianças devem fazer com os sacos plásticos e os danos que eles causam no mundo.

Infelizmente, ainda vejo um enorme desperdício de água. Torneiras abertas o tempo todo, sem nenhuma preocupação. A luz é outro fator preocupante. Casas com ar condicionados centrais ligados, dia e noite sem parar, e em sua maioria com o uso de ventiladores também. Máquinas e mais máquinas ligadas para manter a tecnologia e o conforto das pessoas. Mas o pior de tudo é o uso excessivo dos carros. Com ruas, trânsito, paisagens e parques/trilhas perfeitos para uma boa caminhada ou pedalada, as pessoas ainda optam por pegar seu carro até para ir à rua ao lado.

É visto, portanto, que ainda existem muitas coisas a se fazer, mas o que pude perceber mesmo é que em cada detalhe, em cada ação, por menor que seja, as pequenas coisas, realmente, fazem TODA A DIFERENÇA.

Não busco reação. Busco solução.

Bibliografia:

Experiências da minha viagem ao EUA.

Pamela Peixoto

sábado, 19 de junho de 2010

Como ser eco no seu dia-a-dia

Quando se fala em consumir, pensa-se logo em compras. Consumir não é só gastar dinheiro em troca de um bem. Consumir é gastar, destruir, desfazer. O consumo está em todas as nossas ações do dia-a-dia. Consumimos água, eletricidade, combustível, papel, plástico, comida, roupas, etc. O consumo é essencial para que possamos viver. Porém será que estamos consumindo de uma forma inteligente e consciente?

Dependemos da natureza para sobreviver e o consumo do qual nos deparamos hoje, tem grande impacto sobre ela. Utilizamos os recursos naturais como se fossem inesgotáveis. Descartamos nossos lixos como se fossem biodegradáveis. Compramos, compramos e compramos.

É importante que o consumo seja pensado. O consumo consciente é o consumo que leva em conta os impactos provocados por ele. É saber consumir de uma forma positiva, minimizando os impactos negativos.

“O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável” (Instituto Akatu – www.akatu.net).

O consumo consciente pode ser dado no dia-a-dia das pessoas, através de pequenas mudanças de hábitos e pequenas ações. Segue abaixo uma lista de ações que podem ser adicionadas no dia-a-dia de cada um e que fazem diferença.

  • Diminuir o tempo no banho
  • Escove os dentes com a torneira fechada
  • Reduza o tempo ao secar o cabelo – deixe-o secar naturalmente por uns 20 minutos antes de usar o secador
  • Lave roupa com água fria – 90% da energia consumida pelas máquinas de lavar é usada para aquecer a água. Além de gastar menos energia, as roupas lavadas com água fria desbotam mais devagar.
  • Use os dois lados do papel – além de reduzir a derrubada de árvores, ajuda a economizar água, uma vez que são necessários 540 litros de água para produzir 1 quilo de papel.
  • Evite produtos que tenham muitas embalagens
  • Separe o lixo para reciclagem
  • Leve sua própria sacola ao fazer compras
  • Coloque as pequenas compras na sua bolsa
  • Beba água filtrada – ao invés de ficar comprando garrafas de água mineral, tenha uma garrafa reutilizável, como as de aço inoxidável.
  • Substitua as lâmpadas incandescentes por uma econômica lâmpada fluorescente compacta
  • Após utilizar o óleo de cozinha não o jogue na pia. Armazene em um recipiente e entregue em algum posto de coleta.
  • Não descarte pilhas e baterias em lixo comum.
  • Pense antes de comprar!!!!!!!!!
Júlia Lourenço Ferreira

MATHESON, Christie. Eco chic - salvando o planeta com estilo. São Paulo. Matrix. 2008.
www.akatu.net

quinta-feira, 10 de junho de 2010

É sério, muito sério!

Está em discussão na Câmara dos deputados, para posterior votação, o novo Código Florestal, ou alteração no Código Florestal Brasileiro.

É um assunto complexo já que envolve ruralistas de um lado, ambientalistas do outro e, entre eles, os deputados, no mínimo desconectados da realidade ambiental, tentando alterar o Código Florestal vigente (o relator das alterações - perdoem- me se não uso os termos jurídicos corretos - chama-se Aldo Rebelo). Ao contrário do que alegam é um código que garante preservação dos biomas nacionais como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica e vem sendo aperfeiçoado a 60 anos. Negam o aquecimento global argumentando que é uma conspiração dos países ricos contra os países pobres. Querem reduzir APP’s - áreas de proteção permanente, justificando que em países desenvolvidos as porcentagens preservadas são muito menores do que garantem nossas leis. Almejam alterar as reservas legais - RL’s!!

Enquanto isso a sociedade parece não se dar conta do que está em discussão, como sempre, nas questões que envolvem leis e políticos que as elaboram. Em época de Copa do Mundo o noticiário que atinge a maioria da população não inclui na pauta a ênfase que seria necessária ao tema.

Reafirmando: é sério! Muito sério! Mas o assunto está sendo divulgado como se fosse uma questão menor. Assim fica difícil. Resta esperar que os ativistas que se embrenham pelas “matas” de Brasília possam atuar sem repressão no sentido de conseguir que a votação seja favorável à permanência do Código que proteje as florestas, sem as alterações propostas que acabam com o pouco que resta e que disseminam o desmatamento.

Laiz Lourenço Ferreira

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